Assumimos como objeto teórico deste estudo os discursos construídos sobre práticas que se dão em torno de dispositivos digitais de interação social com propostas de consumo colaborativo que não envolvem o benefício monetário. Questionamos efetivamente quais as narrativas construídas em torno de novas práticas de consumo atreladas a um projeto de economia colaborativa sem troca monetária e quais os sentidos que emergem daí. Com um desenho de pesquisa de caráter qualitativo e exploratório, nosso protocolo metodológico desdobrou-se entre pesquisa bibliográfica, dialogando com autores como Botsman (2013), Agamben (2005) e Rocha (2012); observação das interações dos usuários gestadas nos dispositivos objetos empíricos do estudo (Beliive e Tem Açúcar?); e entrevistas em profundidade, acompanhadas de preenchimento de questionário sociocultural.
Identificamos que um significado que emerge forte da motivação para o uso de dispositivos digitais de interação social com propostas de consumo colaborativo que não envolvem o benefício monetário é sua potência de (re)humanização das relações.